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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Os Clássicos da Sessão da Tarde - Parte I

Agite, Gire, Grite e Curta a Vida Adoidado

Pôster Original de "Curtindo a Vida Adoidado" 1986.
Curtindo a Vida Adoidado foi uma obra que marcou os principais traços da geração da década perdida. Constantemente reprisado na Sessão da Tarde e com um roteiro simples, um show de técnicas de direção e muita criatividade trouxe uma mensagem bastante dirigida não somente aos jovens da década de 80, mas a todos aqueles que vieram em seguida.

Por Marco Antônio Marques

Grande parte dos filmes reprisados na Sessão Tarde são oriundos dos anos 80. Nem preciso falar muito dos anos 80, já que os louros do período são vistos até os dias de hoje. E como o público do programa vespertino foram jovens adolescentes nesse tempo, também não é preciso pensar muito para entender a grande identificação das produções com os espectadores.

Uma das mais clássicas produções foi o filme do consagrado diretor John Hughes, Curtindo a Vida Adoidado (1986). Todo mundo que vive neste planeta se não viu todo, viu cenas, ou pelo menos ouviu falar neste filme. A história de Ferris Bueller, que finge estar doente para seus pais somente para poder matar aula com a namorada e com o amigo (aos matadores de aula de plantão, aquela famosa dor de barriga que sentem, tão tradicional hoje em dia, surgiu daí!).

Após enganar seus pais, Ferris sai pela cidade no maior estilo jargão Global, “causando várias confusões” tendo sob seu encalço o diretor da escola, o temido, porém engraçado Sr. Rooney. O interessante também está no fato de um dos programas que eles escolhem pra fazer é visitar um museu de arte, algo que um jovem de hoje não faz nem se for obrigado.

Apesar da história se passar sobre os padrões de comportamento da década perdida, ela continua falando até hoje com as pessoas, afinal quem nunca quis ter um dia de Ferris na vida? Indiscutivelmente a melhor cena foi o show de interpretação de Mathew Broderick da música dos Beatles Twist And Shout, um dos momentos de maior clímax da história.
Ferris interpretando a música Twist And Shout, um dos melhores momentos do filme

O roteiro é bastante simples, sem muitas delongas, a mensagem que o filme tenta trazer é dita pelo próprio Ferris quando afirma que “a vida passa rápido demais. Se você não parar e olhar para ela de vez em quando, pode acabar perdendo". Tanta simplicidade narrativa, no entanto, exigiu bastante técnica do diretor que mais uma vez não decepcionou.

Uma dessas técnicas foi o uso de cenas onde os personagens parecem interagir com o expectador quando olham para as câmeras. A ideia não foi de Hughes, mas imortalizada por Woody Allen em seu filme “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” de 1977. Sem falar nas inúmeras cenas que são inimagináveis de ocorrerem no dia-a-dia, mas que trazem bastantes elementos para a trama toda.

Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller’s Day Off, original em inglês), foi um longa-metragem que marcou toda uma geração. Um trabalho tão bem feito tentou ser copiado em outros filmes como “Dormindo fora de casa” que não atingiu os mesmos resultados. O próprio ator protagonista, Mathew Broderick, fez sucesso em outros filmes, como em “O Inspetor Bugiganga”, mas nada comparado ao seu papel no filme. Quem quiser curtir novamente as aventuras do jovem Ferris, é só aguardar a programação global da Sessão da Tarde, vez ou outra a emissora não perde a oportunidade de exibi-las.

Para quem quiser matar a saudade, curtam a cena de maior clímax da Históra. Twist And Shout by Ferris Bueller


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