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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A Terra Média em Alta

“Num buraco no chão vivia um hobbit”, com esta frase escrita numa página em branco de um documento de algum aluno de Oxford em 1928 nasceu o legado do considerado maior autor do século XX, J. R. R. Tolkien.  Sua obra literária não apenas criou um novo gênero, a Literatura Fantástica Moderna, como se expandiu para outros ramos das artes e das ciências humanas, influenciou desde autores até profissionais de jogos eletrônicos e também atravessou os limites de nosso planeta até universos nunca explorados.
        Tolkien nasceu na África do Sul em 1892, lutou durante a Primeira Guerra mundial e tornou-se professor de anglo-saxão na universidade de Oxford de 1925 a 1945. Somente após dois anos ter escrito na página em branco de um aluno a frase que iniciou todo o seu universo, Tolkien escreveu “O hobbit”, contando as aventuras de Frodo. Alguns anos mais tarde escreveu o Best-seller “O Senhor dos Anéis” e postumamente publicou “O Silmarillon”, considerado sua maior obra.
             Em seus livros ele criou um universo novo, a Terra Média, definido pelo autor como sendo o Mundo Secundário, espaço em que todas as coisas são possíveis desde que respeitadas as leis daquele mundo. Expandido os limites de nossa realidade, o autor permitiu ao leitor abandonar suas leis e seus conceitos para mergulhar dentro de um universo fantástico cheio de seres mitológicos convivendo com personagens de arquétipos do mundo real.
             Com isso, Tolkien foi o primeiro da escola da Literatura Fantástica, gênero literário contemporâneo definido pela utilização de elementos não explicados pela lógica de nossa realidade, ela se ramifica em outros três subgêneros: ficção científica, fantasia e horror. A primeira utiliza-se de elementos presentes na ciência, seja real ou imaginada, para desenvolver o cenário no qual a história de desenvolve. A segunda, trata a magia e outras coisas sobrenaturais como fator principal para o enredo, distingue-se da ficção científica por não abordar temas da ciência em sua obra. Já a literatura de horror, trabalha com o macabro mostrando histórias que trabalham com o medo de elementos fantasiosos de nossa mente.
             Esses três subgêneros são base para todos os fenômenos televisivos, cinematográficos e literários desde o início da segunda metade do século XX. Exemplos não faltam: heróis com habilidades sobrehumanas, tripulantes de naves espaciais vagando pelo universo atrás de mundos desconhecidos e até vampiros, outros seres místicos ou até animais falantes convivendo com seres humanos comuns. Apesar de críticos considerarem a literatura fantástica como um gênero inferior, ela é capaz de atrair fãs pelo mundo todo que, imersos neste universo, consomem produtos e criam verdadeiras sociedades alternativas baseadas nos pilares do universo fantásticos dos autores. E isso atrai inúmeras indústrias para aderirem ao estilo as quais o cinema e a televisão saíram na frente e lideram essa febre dos mundos modernos. Tolkien não imaginava que dentro daquele buraco não vivia apenas um hobbit, mas toda a cultura mundial contemporânea puxadas de suas raízes para habitar o imaginário de gerações e gerações seja em qualquer mundo que elas estiverem.

Para saber mais:

J. R. R. Tolkien no Wikipedia
http://pt.wikipedia.org/wiki/J._R._R._Tolkien
Uma introdução a Literatura Fantástica
http://www.valinor.com.br/8283

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