No último post da série: “Os Conflitos da Pós-Modernidade” tento propor uma solução para lidarmos com todo esse processo de acúmulo de informação, perca da herança cultural e da identidade social em detrimento do mundo capitalista e da lógica do ciclo de produtos.
As Superações da Pós-Modernidade
Em primeiro lugar, um grupo social tendo além da língua, uma tradição histórica que é exclusivo dela, reforça a produção de cultura e impede que ela seja imperializada por outra. O povo norte-americano, por exemplo, tem suas raízes muito bem estruturadas. As crianças, tem desde a sua iniciação pedagógica a história completa da sociedade norte-americana. Com isso, tem-se pouca ou nenhuma influência das demais culturas. A intolerância étnica e cultural, também, acaba sendo mais evidente.
Qualquer grupo social possui o etnocentrismo presente, porém num mundo globalizado essa característica intrínseca de toda sociedade deve cair por terra. Está lançado um grande desafio, ainda mais que tal situação de respeito mútuo entre as tradições contribui para a pulverização de públicos, fato que já vem tirando o sono dos empresários porque dificulta a difusão da mensagem.
Sob essa linha, o consumo, que aparece como o final de um processo social de luta pelos bens de distinção simbólica (CANCLINI), seria um assunto para publicitários mais atentos e criativos, mas como para nós, criatividade está no nosso DNA, o desafio será interessante. Haveriam mais bens de distinção que deveriam ser produzidos e a luta por status seria substituída pela luta da diferenciação étnico-social. Eu não teria, por exemplo, medo de ser um ubandista, o que abriria um imenso mercado de artigos dessa religião.
Bom, com relação aos problemas da exploração desenfreada, teríamos de expandir as discussões sobre sustentabilidade, fato que já encontra-se em pauta no mercado
consumidor, mas precisa ser mais estimulado.
Annie Leonard, em sua tese sobre a história das coisas, não propõe uma solução concreta, mas os avanços em energia renovável, uso consciente da água e sustentabilidade das empresas já mostram sinais de mudança. Essa tantas ações, contudo, só seriam eficazes se passarmos a produzirmos uma publicidade mais humanista. O desafio está lançado.
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