Esse post de hoje escrevo com uma grande alegria em função de o tema me trazer uma grande identificação. Para os jornalistas de plantão no Evanesceu, espero que a leitura seja de muito bom grado. Obrigado!
Com as redes sociais, como se articula atualmente a área jornalística? Como esses profissionais, com o grande potencial das novas mídias, se comportam nos seus perfis? Será que a democratização da informação favorece mesmo a liberdade de imprensa? Com essa e outras perguntas proponho uma reflexão para aqueles que abandonaram as mídias tradicionais atrás de uma opinião de alta credibilidade livre da influência das grandes marcas.
![]() |
Revista Imprensa Ed. 238 Setembro de 2008 |
O primeiro ponto a considerar é o estudo feito por uma parceria entre a ONG Artigo 19 e a Imprensa Editorial, responsável pela Revista e Portal da Imprensa. Ao acompanhar uma amostragem de 150 jornalistas espalhados pelo país, a pesquisa constatou que 95% dos jornalistas tem Twitter e que 94% tem facebook, indicando a forte presença desses profissionais nas redes sociais.
Crítico ficou mesmo quando, desse percentual, apenas 44% afirmam que usam livremente as redes para difundir suas idéias e opiniões, o restante declara não fazê-lo com medo de represálias. Daí uma realidade estampa na nossa cara: as grandes marcas ainda influenciam a difusão da informação.
Mas não dá apenas para expor uma situação já conhecida pelo público geral. Grandes portais de conteúdo online já utilizam o twitter para elaboração de pautas jornalísticas, um exemplo é a reportagem divulgada no dia 16/05/2011 no portal R7 onde, as declarações do jogador chileno Jorge Valdívia no microblog serviram de base para uma reportagem intitulada “Jogadores Trapalhões Causam Polêmica no Twitter”.
Desse modo, as mídias funcionam como atalho para a busca de fontes para o conteúdo jornalístico. Grandes eventos recentes no mundo tiveram sua cobertura feita em tempo real por usuários de blogs e microblogs e serviram de fonte para a difusão desse conteúdo em outros meios.
Outra vantagem é que as novas mídias também funcionam como elementos de aproximação do público que, aliás, nem deve mais ser visto como tal, pois a interação com o seu conteúdo é tanta que os comentários e classificações de conteúdo atuam são apenas alguns modos de colaboração editorial em que o leitor se torna um co-autor.
Além disso, o grande potencial de repercussão das mídias sociais fogem até do controle do próprio gerador do conteúdo. Então, está aí um cuidado que deve ser tomado ao divulgar informações. Um exemplo que ilustra como esse aspecto não foi considerado foi a reportagem do Sensacionalista intitulada “Mulher Engravida ao ver Filme Pornô em 3D”.
Em função do editorial do site, foi evidente que a notícia teve fins humorísticos ao ser publicada, a falha foi quando eles divulgaram a foto de uma mãe com uma criança negra como se fossem a mãe e o filho polêmico do casal. A foto não foi checada pelo portal e uma nota de errata informando o engano.
Agora quando o jornalismo sério e comprometido é feito, a credibilidade jornalística tradicional entra em cena e aqueles co-autores citados acima, funcionam como um grande canal difusor do conteúdo e garantem uma grande audiência. Sem dúvida as mídias sociais trouxeram inúmeras mudanças e o jornalismo é mais uma área que precisa se adaptar, alguns já começaram. E você, nobre colega, não deixe de me informar sua opinião a respeito.
0 comentários:
Postar um comentário